quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Al otro lado del río

Quando voltei á cidade grande, me receberam com um tango e com o frio que tanto pedi. Pensei em voltar pelo menos umas dez vezes por ano. E ainda sobre a possibilidade de passar o restos de meus dias naquel lugar. Tive de deixá-la.

Mas quando atravesso o rio prateado, mal sabia que me esperava uma cidade mais pacata e acolhedora. Parecia que havia parado nos anos 50. Carros antigos, pessoas andando bem vestidas e trajando suas boinas.

O silêncio da noite do outro lado do rio.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Hora de voltar ...



Ou não ...

O Fim de Mundo é uma grande jogada de marketing e turismo. Percebi logo de cara ao me deparar com um pipoqueiro no alto de seus 60 anos fadigado de tanto andar. O velho me interpelou na rua:

- Quer pipoca? Aproveita pois sou o último pipoqueiro do mundo.

Contudo, nada substitui a sensação de estar na pontinha do mundo e mirar paisagens sobrenaturais. Chegar ao Fim do Mundo sozinho, de ônibus ou pedindo carona é a prova que existe um vício chamado viajar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Necessária Solidão

Enfim, o fim do mundo. O início de tudo.

Logo busquei o quiosque aberto 24 horas e no balcão estava Susana. Eu carregava uma garrafa Quilmes que trouxera de uma boate ao lado, mas pedi água.

- Não tenho uma sacola menor.

- Não tem problema. Coloco a Quilmes e a água.

E logo se tornaria um costume visitar a bela Suzana todos os dias para simplesmente ouvir "Buenas e Gracia vos"

Enquanto a cumbia rolava solta durante o dia inteiro, ficava a admirar seu belo sorriso e sua simpatia.