quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Envelheço na cidade




Eu comemoro o meu, mas acho a data tão triste quanto Réveillon e Natal. O importante é chegar cedo no bar para aproveitar as conversas sobre os diversos temas, alguns deles discutidos neste blog. O ritmo pré-carnaval segue frenético e a noite não tem hora para acabar.

Lembrei de uma palestra do Arnaldo Niskier sobre a escritora Rachel de Queiroz, na Academia Brasileira de Letras, sobre a qual o assunto em questão foi discutido

Como vai comemorar o aniversário?

Rachel de Queiroz - Vou me esconder. É muito chato fazer aniversário, festejar. Provavelmente minha irmã no dia seguinte ou na véspera vai fazer uma recepção para a família e pros netos, lá na casa dela. Nunca faço comemoração. Sou pouco festeira. Não acho graça nenhuma em fazer 90 anos. Essa história de envelhecer, você não tem noção direito de que está envelhecendo. A gente não sente. O tempo é a mesma coisa. As pessoas à volta é que gostam de comemorar, mas a própria vítima da história não tem essa animação. Além da desgraça de fazer 90 anos, querem fazer comemoração.

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