Pedro Porta aproveitara os momentos de solidão para se livrar daquilo tudo que o irritava em Gabriela. As festas e os jantares de família, as pessoas falando alto, as músicas bregas, os falsos amigos, os compromissos, enfim, na falta do que fazer, era o consolo que o mantinha respirando e aspirando uma pessoa mais fina, inteligente e com gostos melhores.
Sem perceber, Porta encontrou a pequena. E era mais linda do que Gabriela. Os dois se beijaram diante de um sambão de Chico Buarque. Momento perfeito se não fosse o grau etílico do rapaz, que estava tão bebado e acabou esquecendo de pedir o telefone da moça. A única lembrança que teve foi ver aqueles lindos e lisos cabelos compridos atravessando a porta e indo embora.
No dia seguinte seus amigos perguntariam quem era a moça, mas Porta envergonhado respondenderia que não sabia quem ela era.
O moço lembrara naquela tarde da última vez que vera Gabriela na vida. Não disse um "adeus" para a pessoa que não poderia mais viver sem, apenas se afastou e foi embora.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário