20h15 de domingo. Me sentia estranho e com uma pequena ressaca que me deixou a tarde inteira em casa ouvindo música. Sai. Sozinho. Bem vestido. De preto. De luto. Sem cachecol. No frio.
Comecei minha peregrinação solitária por Copacabana. Meus relacionamentos não duram mais do que 20 minutos. Esta é a triste realidade. Ao meu lado, apenas minha sombra, minha alma, meu escudo. Um samba de Noel Rosa na Rua Almirante Gonçalves me fez parar por alguns instantes. Muitos turistas apreciavam as delicadas palavras do poeta da Vila. (Sem entender muita coisa).
Ganhei Avenida Atlântica. Uma mini-festa junina num daqueles quiosques burgueses. Um mendigo com sua capa preta. Uma senhora vendia balas na porta do Manuel Joaquim.
Tomei um ônibus (511 - Urca - Leblon) e parei no Baixo Gávea. Me rendi a uma garrafa de Original (R$7,00). Parecia um desfile de moda. Pessoas elegantes, bonitas. Algumas moças com cachecol - devem ter esperado o ano inteiro para tirar do armário. Muita gente vinha do Shopping da Gávea, onde a última sessão do teatro terminara.
0h30. Toca o celular. Já esperava a solidão e o vazio. Me fez lembrar das andanças em Londres, ouvindo Morrissey e Suede no disc-man. De Russel Square até o Big Ben, passando pela intensa Oxford Street.
- Não sei se vou ai no Baixo hoje. Estou meio cansado.
Deixei o BG Bar, tomei um taxi e fiquei na porta da Melt. Uma menina saia carregada. Pior do que ela só um rapaz que vomitou no taxi e provocou a ira do chofer
- Esse pessoal não sabe beber. Na minha época, quando eu via que a vaca estava indo para o brejo, parava.
1:16. Empório às moscas. Dois gringos suecos puxavam papo com uma brasileira. Não tive saco para ficar ouvindo. Fui procurar outro lugar.
2:11. Adentrei numa espécie de Cafe Dance Club na Teixeira de Melo (R$ 25). Poucas pessoas. Pista pequena. Alguns hits dos anos 80/90. Lembrei da Foxfo, mas não rola de voltar lá. Morri em casa. Com cerveja na cabeça.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
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