Na semana passada, estava num coletivo de linha 433 (Leblon - Vila Isabel), quando um fato, no mínimo, constrangedor, chamou atenção dos passageiros. Logo após passarmos dos Arcos da Lapa, um homem alto, gordo, negro e com barba por fazer não admitia receber o troco em moeda (R$7,50).
- Você tem nota aí que eu vi - exclamou o sujeito.
- Minha obrigação é lhe dar o troco. Se não quiser moeda, fala com o Banco Central e manda parar de emití-las - retrucou o cobrador.
- Estou no meu direito. Se você não me der os sete e cinquenta em notas, vou chamar a viatura e parar este ônibus - vociferou o passageiro que, curiosamente, carregava uma criança de colo.
- Pode chamar quantas viaturas você quiser - respondeu o cobrador no mesmo tom.
- Você está com sorte, porque estou num bom dia.
- Por que? Você vai encostar em mim? Se vier para cima de mim, esqueço que estou trabalhando e você está com uma criança - o cobrador tentou intimidar.
Como o dinheiro deixa as pessoas cautelosas! Num mundo ideal, não teríamos as verdinhas. O passageiro passaria pela roleta e pagaria com um aperto de mão. Nos restaurantes, nos bares, nas lanchonetes, pedir-se-ia comida em troca de um sorriso. Para entrar em teatros, cinemas e discotecas só com um abraço!
Ah, é sonhar demais, alertaria um leitor.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
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